sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

POR QUE VOCÊ QUER SER O MAIORAL?

Queria antes de tudo me desculpar pelo tempo sem escrever já que me afastei devido a problemas pessoais e ao nosso maravilhoso carnaval, mas como o tempo “ruge” e a sapucaí é grande, depois do desgosto do Salgueiro campeão resolvi me debruçar na minha matéria para informar de algumas coisas que estão acontecendo.

Protecionismo : Teoria que propõe um conjunto de medidas econômicas que favorecem as atividades internas em detrimento da concorrência estrangeira. Essa é a definição dada pelo site wikipedia. Mas o que isso tem a ver, já que o protecionismo, como já estudamos em história, foi uma pratica muito utilizada da época do mercantilismo, ou seja, na época das explorações marítimas.

Este tema volta a tona com a nova política de Barack Obama, nova porém velha, pois medidas protecionistas historicamente são usadas pelo governo dos democratas na Casa Branca. Quem não se lembra da “era Clinton”, onde seu foco era a política interna e onde os problemas de barreiras econômicas aos produtos estrangeiros começaram?

Diante desta tendência de olhar para o “povo” em contraposição as oligarquias estadunidenses fez com que em momentos chave da história os Democratas fossem escolhidos para acabarem com os problemas da época e serem os salvadores do mundo, ou ninguém lembra do Roosevelt? Como diria meu grande Camarada Willian Muniz “Mas qual o fundo prático disso?”

A questão é simples Obama entrou no poder e para salvar o orgulho estadunidense do caos quer, como diria o nosso fundador do Blog, “Ser o Botador”, não importando os estragos que isso possa causar nas economias emergentes, como o Brasil, “pois Farinha pouca meu pirão primeiro” né rapaziada?


MAS QUAIS SÃO AS MEDIDAS?

Tudo começa com um pacote que visa “alimentar” o mercado interno, desta forma tarifa-se os produtos de outros países para que seja possível a competição com os produtos internos, já que com a nova tarifa este tem que ir com preço maior para o consumidor, desta forma tenta-se inibir o consumo de produtos estrangeiros e estimular a compra de produtos nacionais. É claro que a primeira vista parece uma medida suuuuuper maneira, mas é uma medida extremamente hipócrita e atrasada. Pois se há vontade de estimular a economia interna deve-se reduzir impostos dos produtores do país e não ferrar com o dos outros.

O Aço brasileiro sentiu na “pele” e a seco (sacaram o jogo de palavras?) a medida chamada de Buy American, que estava no plano e foi modificada antes da sanção do presidente Barack Obama dizia que as empresas que tinham incentivos do governo deviam “priorizar” os fornecedores internos. Essa medida afeta diretamente empresas como a CNN que importa muito para os EUA e seria seriamente afetada por tal medida, que parece mais uma resposta política de Obama para mostrar serviço a favor dos estadunidenses do que mesmo uma medida pensada e que traria alguma melhora quantitativamente prática.

SITUAÇÃO DO MUNDO

Com o Japão tendo seu PIB recuado em 12,8%, com a Espanha tendo declarado oficialmente sua recessão, com as menores taxas de juros da história do BC do Reino Unido para evitar a inflação, será que as medidas protecionistas são a solução para o problema que os EUA mesmo criou? É difícil dizer que com a diminuição das importações haja aumento das exportações e os EUA volte a ter seu crescimento e suas taxas de emprego de outrora. Muito pelo contrario, tendo menos importação é menos dinheiro para os países exportadores comprarem também dos EUA e dessa forma abarrota-se o mercado interno com alguns produtos, fazendo com que o preço caia (oferta e demanda) e começa a escassez de alguns produtos de fora, o que geraria aumento de preços, a famosa inflação.

A única solução da crise é de fato regulamentar o mercado interno para que os eventos ocorridos com os subprimes e derivativos não voltem a ocorrer no mercado financeiro internacional. O Estado tem que se conscientizar que tem um papel fundamental na economia e que é responsável pelo investimento em infraestrutura e desenvolvimento tecnológico e humano, não sendo mais cabível jogar tudo nas mãos da iniciativa privada.

Assim, esperamos que com os 780 Bi de dólares aprovados pelo congresso americano, que presidente Obama pense em outros planos, como o aumento em 13% do vale popular de alimentação do que em barreirar outros países, se valendo dá máxima “posso me ferrar mas não me ferro sozinho”.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

OBÁÁÁÁÁ MA!!!

Mal alçou ao cargo de presidente dos EUA e o recém-eleito presidente da maior nação do mundo, Barack Obama, já se depara com a, que se pode considerar, maior crise da história contemporânea, tendo em visto que o capitalismo não era tão avançado em 1929.

A GM, depois de 72 anos, perdeu para a Toyota o cargo de maior montadora do mercado automobilístico. Devido as grandes perdas e quase falência, se não fosse o plano de ajuda do governo dos EUA, a GM perde esse posto, com prejuízos incalculáveis para meros mortais como nós. Essa vai ser a contradião enfrentada na área econômica pelo novo presidente, que aos meus olhos, não é igual ao Bush, mas também, não é a salvação... podem apostar!

AH QUE ISSO O COPOM TA DESCONTROLADO
Por mais bizarro que nos possa parecer o desgraçado do Henrique Meirelles, junto com os conselheiros do COPOM diminuíram a taxa básica de juros em 1 ponto. Desta forma, o juros que era de 13,275 passou a ser de 12,75. Governo e oposição comemoraram a medida, mas em uma coisa concordam, e particularmente eu também, os juros devem baixar mais, para estimular o crédito e os investimentos para geração de empregos!
Num momento onde as empresas podem ficar fodidas devido a crise, o crédito tem que ser mais barato, pois caso contrário as empresas não tem como saldar suas dívidas, logo, demiti-se, ai a velha história do povo desempregado não compra, as empresas não vendem, demitem mais, quebra o país e etc. O fato é que o Ministro Guido Mantega está cobrando, agora, a contrapartida por parte dos Bancos, que cobram caro para emprestar dinheiro.
Acompanhemos o gráfico do sobe e desce da taxa de juros :

1 http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=49839



ESSE GOVERNO, TÁ FODA HEIN!!!
Por mais que bombardeiem o governo do Presidente Lula, as estatísticas não mentem, haja vista matéria do Globo online , que diz que a taxa de desemprego é a menor desde 2002. Como assim? No meio da crise o desemprego cai? Que porra é essa Tupi? É essa a estatística tirada pelo IBGE. Ao invés de perder tempo vou desenhar que fica mais fácil.

2 http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL967051-9356,00-DESEMPREGO+FECHA+ANO+COM+MENOR+TAXA+DESDE.html



ENQUANTO ISSO AS EMPRESAS...
É minha gente, nem tudo são flores, tendo em vista que com essa onda de crise mundial, algumas empresas no Brasil embarcaram na onda de atacar os direitos trabalhistas, tendo como sua aliada, a Imprensa.

O ministro do Trabalho Carlos Lupi inclusive criticou a atitude das empresas, pois o BNDS liberou só para investimentos em geração de empregos a quantia de 100 Bilhoes de Reais, ou seja, dinheiro para caralho para vir com essa historinha de que tem que mandar embora devido à crise mundial.

O ministro Calors Lupi declarou sobre as demissões :

“Nós temos que ter nesse momento muita tranqüilidade e o empresariado brasileiro, uma parte dele que graças a Deus é minoria, tem que entender que nem todo o dia é dia de lucro (...) Não pode o trabalhador brasileiro pagar por uma crise que ele não fez

E ainda, se mostrando contra a flexibilização dos direitos trabalhistas :

“Continuo com o mesmo pensamento, a mesma idéia, mesmo muita gente me considerando atrasado. Mas, entre ser atrasado e está do lado certo, prefiro ficar ao lado do trabalhador.”

3 http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=49836
4 Idem


Deste modo, fica claro que mesmo com a redução do IPI, as empresas automobilísticas, as que mais demitem, que não repassaram totalmente o preço do imposto aos consumidores, são as que mais demitem e tentar atacar o direito dos trabalhadores, o que é, SIMPLESMENTE UMA BOSTA!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

O ESPETÁCULO DO RETROCESSO!

Caros leitores, antes de mais nada gostaria de me desculpar pela minha ausência repentina e inexplicada. Todavia, os motivos são, pelo menos ao meu ver, plausíveis. “Viajei” durante o período de natal e ano novo, desta forma fique longe do computador e um pouco aéreo das notícias. Na primeira semana de Janeiro houve um duplo acidente de carro na família, e até o dia de ontem, 08 de Janeiro de 2009, tive, junto com minha família, resolver questões relativas ao seguro e possíveis responsabilizações criminais e etc.

Tendo já sido dados os devidos esclarecimentos, vamos ao que interessa dentro do nosso tema. 2009 começou mas os problemas continuam velhos. A estatística do governo norte americano mostra que a crise do capitalismo mundial, demitiu mais de 2.8 milhões de trabalhadores, sendo 2 milhões só do período de outubro a dezembro, o que é considerado o pior resultado desde 1945. O que isso revela? Que essa bolha criada devido à especulação imobiliária causará muito mais dano do que se esperava e que 2009 será, pelo menos até o meio do ano... um ano turbulento.

A Esquizofrenia Obama

Apesar de todas as promessas o que parece acontecer é de fato o inverso. Obama que tem um semblante mais social, escolheu para entregar sua equipe de governo pessoas que fizeram parte, inclusive, do maquiavélico sistema que desembocou na atual crise financeira.
Diz Obama, que até 2011 pretende criar 3.3 milhões de empregos, investindo majoritariamente na infra-estrutura dos EUA. Entretanto, os especialistas já apontam em ser mero sofismo do novo presidente, pois o PIB, mesmo voltando a crescer deve atingir no máximo 1.5% de crescimento (tendo hoje um drecréscimo de 2.2, por isso recessão), desta forma o que se aponta é para a acentuação do desemprego chegando a expressivos 9.5% da população.

Nesta linha de pensamento é que o especialista do Financial Times Martin Wolf, afirma que para evitar a onda de desemprego o pacote de 5.3% do PIB, sustentado por Barack Obama deveria dobrar!

Algo que não se pode negar, mesmo com todo o caos econômico, é que os EUA continuam tendo o maior poderio de compra do mundo, embora os chineses que investiram mais de 1.2 trilhões de Dólares em títulos do governo norte americano, já sentem aquele “friozinho” de medo do famoso calote, afirmou o presidente do Banco Central Chinês, Zhou Xiaochuan. (1)

E o Brasil

Já aqui, parece uma boa notícia, o ministro da fazenda Guido Mantega afirmou que o recuou na inflação, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), pode ser um grande impulsionador da queda da taxa básica de juros, o que já estava mais do que na hora (Nota do Autor). Ressaltou, também, sua satisfação, devido ao fato da inflação ter registrado 5.9% no acumulado do ano, ficando abaixo dos 6.5% fixados como teto pelo governo.

QUEM DIRIA BB

Esse Estado está maravilho hein.... Olha o Banco do Brasil aprontando de novo. Depois de já Ter acertado na compra da nova caixa, agora são 49% do Banco Votorantim que foram a bola da vez. Desta forma o BB vai se fortalecendo em reposta aos gigantes ItaúxUnibanco e SantanderxReal, para que não perca mercado no cenário nacional e internacional.

Ainda ressaltou o Ministro Mantega, sobre as recentes quedas dos juros nos financiamentos por parte do BB.

"O BB tem reduzido sim a taxa de juros dos seus financiamentos e eu estou aqui com dois banqueiros. O mundo todo está reduzindo as taxas de juros. Vocês estão vendo na Inglaterra. É natural e necessário que o Brasil reduza as taxas de juros", afirmou.(2)

Mas como tem seu lado ruim...

O pior fator é aquele que impulsiona a inflação acima, sendo este, infelizmente, necessário a todos nós. É o setor alimentício, que registrou um aumento de 11,11% durante o ano de 2008, superando os 10,79 do ano de 2007, o que é uma considerável alta.
O IBGE diz que a alta tem a ver com o preço das commodities do mercado internacional e pelo aumento da demanda interna, OS BRASILEIROS ESTÃO COMENDO MAIS MINHA GENTE!!!, por isso eu e Bruno estamos tão gordos.
Mas brincadeiras a partes, o cenário, como já foi dito anteriormente não é dos piores para nós brasileiros. Esperemos os próximos números do desemprego, para ver quais são os reais impactos da crise no país.

Sem mais por agora,
Fuizzzzzzz!!!

(1)Seg. FSP, 05/12/08.
(2)Folha online

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

A outra face do capetalismo!!!

Antes de tudo, boa tarde para todos. Confesso, que esta semana está muito difícil escrever diante de tanta merda que ouvi nos últimos dias. Primeiramente, tive que ouvir o “grande jornalista” Carlos Alberto Sardenberg anunciando o seu novo livro “NEOLIBERAL NÃO. LIBERAL” que parece mais uma tática oportunista num momento de crise, do que realmente um posicionamento ideológico, já que há um tempo atrás, era um dos que mais defendia o investimento na bolsa, a liberdade de mercado e um sistema baseado, basicamente, na liberdade máxima (ou o mais perto disso) dos indivíduos, para o desenvolvimento de suas capacidades e de suas relações sendo o Estado mero espectador e só podendo intervir minimamente em tais relações.

Pelo declínio da atual política econômica mundial, pela queda deste modelo, já preconizado por vários cientistas de esquerda, e não tendo o capitalismo perspectiva de algo novo, há um movimento geral para trás, olhando para o sistema e se perguntando “Diante desta merda que fizemos, e agora? O que fazer?” volta-se ao que deu certo, ao que parece certo, ao Liberalismo econômico. Oh meu Deus, o velho Estado de Igualdade(Formal), Liberdade (para explorar ou ser explorado) e Fraternidade (Solidariedade como forma de diminuir a culpa pela desigualdade material).
Já sabemos que é só faixada e assim que a crise passar e as águas se acalmarem, o estado das coisas voltarão a ser de voracidade, intervenção mínima, Estado fraco, setor privado forte e selvageria de mercado, como se a burguesia sofresse de uma certa esquizofrenia proposital, adquirindo personalidades diversas de acordo com o momento econômico.

Teses sobre o Trabalho

Como lobo em pele de cordeiro, apesar de bradarem a volta do intervencionismo estatal, depois da derrocada do pensamento de mercado desregulado. Não há de se iludir que em outros setores da vida humana o neoliberalismo perdeu sua batalha. Já na Alemanha, pôde-se observar o aumento da jornada de trabalho sem aumento do salário, para ajudar as “pobres” empresas no período crise

Enlouquecidos e cegos pela idéia de mais poder, mais dinheiro e menos encargos, os empresários brasileiros, que não sofreram ainda o impacto da crise como poderiam, exigem a mesma coisa. Flexibilização dos direitos trabalhistas já! Sem contar os setores como: Automobilismo, agricultura e outros que dependem puramente de exportação, não há de se falar em grande reflexo da crise no país, sendo as demissões ocorridas no último período, mais por medo, por insegurança, do que por necessidade. E a flexibilização dos direitos trabalhistas é um crime contra os trabalhadores, não podendo, em hipótese alguma, ser considerado, pois só afeta a parte mais fraca da relação de trabalho.... O TRABALHADOR!

Sobre este tema, o mais importante é salientar que depois de toda a cagada feita pela burguesia e pelos grandes empresários, OS TRABALHADORES, sim, aqueles que só são prejudicados cada vez que a burguesia erra, seja o penalizado a arcar com as contas por suas apostas (da burguesia) insanas e megalomaníacas.

No Brasil, só há duas hipóteses não amarradas na lei de negociação trabalhista, uma é a dos salários, apesar de não poder ser menor que um salário mínimo, e a outra dos lucros da empresa a serem divididos com os trabalhadores. Esbravejam os neoliberais “SÓ ISSO?”, mas se formos analisar, o que mais interfere na vida do trabalhador do que o salário que ele recebe para sustentar sua família? O Brasil, ainda carece de proteção, pois diferentemente da Alemanha, e isso não é divulgado, a carga horária é de no mínimo 8 horas e não de 6 horas. Desta forma, flexibilizar os direitos trabalhistas é jogar os trabalhadores em mais dificuldades, onde muitos já ganham um salário miserável para sustentar suas famílias, ainda terem seus contratos suspensos e não ter apoio do governo, mais do que uma sacanagem é uma tentativa de limpeza social da pobreza, deixando os pobres a mercê da fome.

Sobre o Brasil

Parece que de pouco em pouco os empresários brasileiros vão perdendo as esperanças e caindo no discurso de que a crise afetará o Brasil de forma estrondosa. De certo, que o Presidente Lula tentou aumentar a confiança interna e sim, diminuiu os verdadeiros impactos da crise, para que não houvesse um frenesi geral da nação nem fuga dos investimentos; mas o que mesmo tem que fazer um líder de Estado?

É claro, que podemos dizer que o governo foi sortudo, tendo em vista que estímulo excessivo ao consumismo estava gerando um temor de inflação, ou seja, aumento dos preços devido a demanda maior que oferta. Com a crise, houve uma pequena desaceleração da economia e uma segurada nos preços, o que conteve a inflação.
A taxa de desemprego continua estável, porém a grande preocupação é que no final do ano, a tendência é de queda na taxa de desemprego, pois as contratações temporárias ajudam no decréscimo desta taxa.

Assim, pode-se concluir que em janeiro é, que de fato, poderá se analisar com mais precisão os impactos da crise no mercado brasileiro. Já dando o Banco Central sinalização positiva em termos.

ERRATA!

Na verdade não se trata de uma errata, pois só esclarecimento, vi que nos últimos posts tenho usado reiteradamente o termo keynesianismo, porém não dei ao nome a devida relevância, presumindo que todos sabem o que o termo significa. Desta forma, comprometo-me numa edição extra, talvez ainda neste fim de semana, de fazer uma matéria só sobre o tema, para fácil compreensão de quem lê, isso se alguém lê, essa coluna.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

O País do Crescimento!

Salve, salve leitores, antes de mais nada, gostaria de me desculpar por estar ausente nas últimas semanas. Mas só fiquei afastado de vos falar sobre os assuntos “interessantíssimos” do mundo da economia, pois estava em semana de provas, ou seja, a realidade objetiva se impôs e por isso me afastei.

Posto isso, podemos ver que o quadro não mudou muito desde a última coluna, pois a crise só se agravou, causando cada vez mais dano e caos no mercado. O governo catastrófico e agonizante de Bush já concedeu empréstimos milionário para as montadoras de carro nos EUA, e ainda, criou a figura de um “CZAR”. Ou seja, um membro do executivo para fiscalizar as verbas do governo que estão sendo gastas pelos empresários do ramo de automóveis.

A falta de perspectiva dentro do atual sistema capitalista é tanta, que até a figura de um “CZAR”, uma das figuras que ficaram marcadas como das mais autoritárias da história russa. Tão incoerente quanto suscitar a figura do Czar, é ser o Czar, que foi a figura, justamente derrubada pela revolução russa de 1917. Será recalque? Autocrítica? Ou meramente desespero irracional para tentar tirar o grande império do caos absoluto?

Mas de certo é que, realmente, o presidente Lula deu uma dentro. Parece, de fato, que o Brasil é hoje, o país mais preparado para a crise, pois tem como remédio para esta a diminuição dos impostos, como as recentes novas alíquotas do Imposto de Renda, a redução do imposto sobre produção, para as empresas do setor automobilístico, combinado com investimento no setor produtivo em geral e na construção civil, um keynesianismo canarinho por assim dizer.

Talvez o fator mais intrigante diante desse cenário sejam dois: Em primeiro lugar a tentativa raivosa, paulatina e incansável da mídia de direita no país de alardear aos quatro cantos que o Brasil vai parar de crescer, que a crise vai atingir o país de forma contundente, que o governo não se safará, quase um culto satânico contra o sucesso que tem sido as medidas do governo para salvar o país. A Segunda medida é a intolerância, reacionarismo e intransigência do Banco Central, que em um momento em que se necessitam de investimentos para combater essa tendência mundial, resiste em baixar as taxas de juros, com apoio desta mesma mídia e de insanos degenerados que continuam defendendo a autonomia do Banco Central, mesmo depois do que ocorreu devido ao não intervencionismo do governo nas ações do BC norte americano.

Para concluir, dizer que nesse momento de crise é no Japão uma das grande obras do século retrasado foi transformada em mangá, esta obra é “O Capital” do Karl Marx, que neste momento, para entendermos que dinheiro não gera dinheiro, que a verdadeira riqueza emana da produção, é imprescindível.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

CRISE DA PAIXÃO NACIONAL!!!

Não querendo entrar na seara do Bap,mas já o fazendo, há um setor que está sofrendo muito com a crise, e que tende sofrer mais e mais até o ano que vem. Este setor é o da grande paixão dos brasileiros, o FUTEBOL!

Mas o que o futebol tem a ver com a crise? Simples meu caro Watson, o futebol é o esporte mais rico do mundo, aquele que mexe cada dia com maiores quantidades de dinheiro, inclusive, tendo grandes clubes como: Juventus, Arsenal, Manchester, Internazionale, entre outros, disponibilizando suas ações na bolsa.
Com a crise do mercado mundial, muitos desses clubes tiveram suas ações em forte queda, diminuindo, consideravelmente, suas riquezas. Somado a isso, temos um mercado regido pelo dólar que com a falta de crédito no mercado vem subindo dia após dia.

E na Prática?

Na prática, por exemplo, há o Corinthians tentando negociar o passe do Herrera por 24 vezes, sendo este passe de menos de 2 Milhões de Dólares. Há, também, o caso do Jogador Kleber do Palmeiras, que diz que só não fica no Verdão se esse não quiser. Já o Palmeiras alega que os preços do empréstimo e do salário ficam meio salgados para o clube, abrindo, assim, a possibilidade do Coringão também o contratar.

As transferências milionárias, que vinham batendo recordes, ano após ano, também ficarão abaladas, tendo em vista que os clubes devem muito dinheiro e perderam muito nas bolsas. A UEFA, inclusive, avalia a possibilidade de proibir os clubes excessivamente endividados de participarem de suas competições, não podendo os times ter dívidas em torno de 30 ou 40 por cento de sua arrecadação.

Na Alemanha, com a recessão, a maior problema da Bundesliga seria o contrato com as empresas de televisão, pois o atual contrato está em seu fim e não há perspectivas sobre a renovação ou não do contrato.

O maior problema, por sua vez, parece ser mesmo da Espanha, onde Real Madrid e Barcelona são clubes de seus torcedores, deste modo, com grandes contribuintes tendo perdido muito dinheiro com a crise, parece difícil que se consiga continuar com o ritmo de altos financiamentos e plantéis fartos de estrelas.

Por fim, fica claro com tudo isso, que o esporte, se tornando cada dia mais marketing, cada dia mais voltado ao dinheiro e não ao espetáculo ou ao que é jogar futebol, como nos áureos tempos de Zico, Gérson, Dianamite, Sócrates e outros, acabou armando uma arapuca para si próprio. Felizmente, ou não, para os brasileiros nosso times ainda não entraram nessa de bolsa de valores, o São Paulo tinha planos, mas na última hora recuou (que pena).

De certo é que daqui para frente, veremos muito mais jogadores sem classe e sem renome, sem habilidade e com empresários, mas pelo menos, será mais difícil Belletti no Chelsea ou Doni na Roma.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

COMO SERÁ A ECONOMIA DE HUSSEIN O.O!!!

Não querendo entrar na área do colega de blogger Daesse, mas já o fazendo, com a eleição história de Barack Hussein Obama, como será a economia em seu mandato, que, pelo menos pelo prisma econômico, parecerá mais um calvário do que, realmente, a liderança dos EUA a um momento de nova prosperidade econômica.

O relatório da OIT (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TRABALHO) é extremamente preocupante e mostra que o novo presidente terá uma árdua tarefa pela frente, pois o diretor – geral da entidade já disse que em uma perspectiva otimista o desemprego mundial pulará de 190 milhões para 210 milhões até o fim de 2009. O que significa, na melhor das hipóteses, um recorde mundial de 20 milhões de novos desempregados, quase 10% do quantum geral em apenas um ano.

Desse modo, por não Ter, delineadamente, uma política tão diferenciada do último governo e dos republicanos, o que fará o recém eleito presidente dos EUA, já que o capitalismo não consegue ver um futuro para si próprio, em termos de inovação. Voltará Obama, ao que tirou os EUA do gueto depois de 29? Estaremos de volta ao keynesianismo? Ou os economistas defensores do neo-liberalismo, como já o vêm fazendo, mudarão seus pensamentos de mercado desregulado e formularão em prol de um Estado mais interventor na esfera econômica, tentando, assim, pôr uma algema na famosa “mão invisível” do mercado?

As perguntas são muitas, as incertezas maiores, mas de certo temos que esse governo, que chegou onde chegou com base na esperança de uma vida melhor, principalmente para as classes média baixa e populares, terá um árduo caminho pela frente, para tentar amenizar as mazelas do capitalismo, ou jogá-lo de vez num buraco sem fundo, levando o mundo ao caos econômico.



FUUUUUUUUUUUUUUSÃO!!!!!!

E em meio ao cenário espectral, turbulento, de recessão mundial, eis que surge no Brasil o maior banco do hemisfério sul, o 4º maior da América Latina e o 17º do mundo, surgido de dois bancos genuinamente brasileiros, o Itaú Unibanco Holding S.A,. A fusão entre o Unibanco e o Itaú, que vem sendo negociada no decorrer dos últimos 15 meses, agradou o mercado no dia do anuncio, fazendo com que as ações do Unibanco subissem 8,95% e as do Itaú 16,39%, causando, inclusive, uma manifestação do Ministro da Fazenda Guido Mantega em sentido de que o crédito, que está escasso no país e no mundo, possa ser concedido, e que em decorrência da união haja mais liquidez no mercado brasileiro.

A fusão ocorreu, de fato, como uma resposta à compra do ABM Amro Real pelo Santander, empurrando os bancos brasileiros à necessidade de se inserirem no mercado mundial, se tornando uma potência global. A crise financeira foi apenas c um estímulo a mais. Em entrevista ao site do globo online Roberto Setúbal, presidente executivo do novo banco, declarou:

“A gente entendeu que tínhamos que ficar mais fortes pra caminharmos juntos para este projeto, então eu acho que a crise apenas ajudou a amadurecer a amadurecer a idéia”,

Mas para você correntista, o que muda?

Num primeiro momento, parece que não haverá mudança nem para correntistas nem para funcionários, mas o medo das demissões, como é comum em uma fusão dessas, já que não haverá sentido de agências uma do lado outra, é notório. O Presidente do novo banco disse que uma das primeiras metas é a integração entre caixas eletrônicos dos dois bancos, o que seria ótimo para os consumidores.

Por outro lado, há de se atentar para o fato, que se é ótimo para a economia brasileira ter um gigante mundial, com tamanha musculatura, por outro é ruim, pois perder mais um concorrente significa uma opção de escolha a menos para o consumidor, que já sofre absurdos com os abusos praticados pelas instituições bancárias.

Memória curta é o cacete!

É claro que para o mercado fica tudo azul, mas como já demonstramos anteriormente, nada será tão fácil como parece. É o velho binômio filosófico ditado por Marx sobre a aparência e essência, onde muitas vezes julgamos o aparente como essencial e não conseguimos Ter uma análise coerente da realidade devido a esse fato. Mas o por quê disso? Devem estar se perguntando, de forma coerente. Nessa fusão, haverá, de fato, demissões e abusos por partes dos bancos. Não há como esquecer o que foi a compra do Banespa pelo Santander e principalmente a negócio envolvendo Banestado e Itaú e no Rio de Janeiro, quem não lembra das promessas faraônicas quando o Estadual Banerj, também foi privatizado?

No negócio entre Banespa e Santander foram ao todo, no decorrer de 1992 à 2001, quando se deu efetivamente a aquisição, 25.352 demissões. No caso do Banestado, além dos 12.000 desempregados, os escândalos envolvendo a lavagem de dinheiro, evasão de divisas, tráfico de influências, ou seja, uma única transação que enriqueceria qualquer aula de Direito Penal, fizeram com que o povo paranaense pague a conta de R$ 48 milhões de Reais ao mês durante 20 anos, já que o processo de saneamento rendeu uma dívida de R$ 5 bilhões de reais, e o comprador, o Itaú, que teve gasto de R$ 1,6 Bilhões de reais, teve de créditos do banco R$ 1,8 bilhões, ou seja, nessa operação não só não gastou nada como ainda recebeu R $ 200.milhões.

Ou seja, há de fato uma movimento mundial, gerado pela crise e pela concentração de capital, que levará aos mercados de crédito se unirem para poderem Ter maior poder econômico, alguns, até mesmo para não acabarem.

Pode-se esperar várias outras fusões, como o próprio Banco do Brasil que já negocia metade dos ativos do banco Votorantim. Com uma única diferença, neste caso é o Estado agregando seu patrimônio e não um ente privado, que muitas vezes condenam o Estado, criticam o poder desse e como um filho mimado, num momento de crise, voltam como cão arrependido implorando dinheiro, através de chantagem das mais baixas e mesquinhas (demissões em massa), caso contrario estariam fadados ao fracasso.

Diante de tudo que está acontecendo, será mesmo que o Estado é tão incompetente como falam? Ou há uma demonização deste, para que se crie, na aparência um senso comum de Estado grande, pesado, fraco, mas que na essência esconde que a não regulamentação e não intervenção Estatal, significa mais dinheiro nas mãos dos detentores dos meios de produção que brincam com as cordas da economia, sabendo, que a qualquer momento, independente da merda que façam, o Estado, os salvará, para que não prejudiquem o povo que trabalha para iniciativa privada? Pensem nisso e até a próxima